Depois
de lançar 2 álbuns com seu trabalho autoral; Discreta (2010) e Pra dizer sim
(2012), Antonia apresenta desta vez um projeto especial, que ilumina um momento
importante da história da nossa música, fundamental para o surgimento da bossa
nova: Tem + Boogie Woogie no Samba mostra o samba crítico, bem humorado e
temperado com cadências jazzísticas, que se fez a partir do final dos anos
trinta até a metade da década de 50, cuja inspiração foi a “política da boa
vizinhança” americana, criada por Roosevelt.
Com
arranjos e direção musical do pai Mario Adnet e da própria Antonia, as
composições de Haroldo Barbosa, Geraldo Jaques, Wilson Baptista, Janet de
Almeida, Denis Brean e Pedro Caetano (entre outros) ganham um novo brilho e
reforçam seu sotaque carioca, com a contribuição de um time de músicos de
primeira linha e participações especiais de Roberta Sá, Alfredo Del-Penho, João
Cavalcanti, Pedro Miranda e Pedro Paulo Malta, além de Mario e Chico Adnet, que
compuseram o samba “falso antigo” Astronauta no asfalto.
Violonista,
arranjadora, compositora, cantora e produtora, Antonia ganhou o seu primeiro
violão aos 6 anos. Ainda criança, como vocalista, participou da gravação de
diversos discos, como os do programa infantil TV Colosso (Rede Globo) e de
artistas como Simony, Emílio Santiago, Angélica e Lisa Ono. Também participou
de gravações de jingles publicitários. Na adolescência, teve aulas de violão e
teoria musical com a professora Celia Vaz e esteve à frente de algumas bandas,
participando de festivais como o FestValda e o III Festival de MPB do Clube
Militar, com composições próprias premiadas.
Em
2008 completou sua graduação pela UNI-Rio no curso de arranjo de música
popular. Além disso formou o grupo Gandharvas, para tocar a obra do compositor
Moacir Santos, sob orientação do professor Roberto Gnattali. Com a ajuda de seu
pai, Mario Adnet, Antonia adaptou alguns arranjos do disco Ouro Negro (produção
de Mario Adnet e Zé Nogueira) para a formação do Gandharvas, fazendo shows na
própria Universidade, no Teatro do Jockey e no Armazém Digital do Leblon, este
com a presença do próprio Moacir.
Como
violonista e vocalista, ela fez parte da banda da cantora Roberta Sá de 2005 a
2012, integrando os shows das turnês nacionais e internacionais por todo o
Brasil e ainda Alemanha, Cingapura, Portugal e China. Em 2010 lançou seu
primeiro disco solo e autoral – Discreta (Adnet Música/Biscoito Fino) –
produzido por ela em parceria com o pai, Mario Adnet, e com participações
especiais do primo humorista Marcelo Adnet, da cantora Roberta Sá e do cantor e
parceiro João Cavalcanti.
Antonia
lançou seu segundo disco – Pra dizer sim (Adnet Música/ MP,B/ Universal) – em
junho de 2012. Produzido por Mario Adnet e Rodrigo Campello, o disco traz em
sua maioria canções autorais – parcerias de Antonia com João Cavalcanti, Daniel
Basilio e Gabriel Pondé – além de regravações como Flor de Maracujá (João
Donato/Lysias Ênio) e Nanã (Moacir Santos/M. Telles), com arranjos de sopros.
Antonia contou com participações especialíssimas; Lenine (em Giz – de Antonia e
Gabriel Pondé), Joyce Moreno (em Frevo em Tamandaré – de Antonia e Daniel
Basilio) e Pedro Miranda (no bem-humorado Boogie Woogie do Rato – raridade de
Denis Brean da década de 40). Os arranjos são quase todos de Antonia, sendo
alguns do pai, Mario Adnet.
Entre
seus trabalhos mais recentes como assistente de direção estão o disco Caymmi
Centenário – Dori Caymmi e Mario Adnet (2014) e a Turnê Jobim Jazz – Mario
Adnet (2013). Em parceria com Mario e Joana Adnet, co-produziu os discos: Um
olhar sobre Villa-Lobos – Mario Adnet (indicado ao Grammy Latino 2013),
Amazônia – Na Trilha da Floresta – Mario Adnet (neste aparece também como
intérprete) e o premiado Vinicius & os maestros – Mario Adnet, eleito
melhor álbum na categoria especial do Prêmio da Música Brasileira 2013.
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