O mineiro Antonio de Jesus, o
Sirlan, surgiu no Festival da Canção de 1972, com a música “Viva Zapátria”,
gravada pelo MPB 4 no disco “Cicatrizes”. Um trocadilho com o filme Viva
Zapata, a história do líder guerrilheiro mexicano Emiliano Zapata. Ele tentou
gravar um disco, foi contratado por uma grande gravadora, mas teve todas as
músicas censuradas. “O Sirlan era o caso mais absurdo de censura.
Inviabilizaram, acabaram com a carreira dele. Era impossível um compositor
levar cinco anos para conseguir aprovar dez músicas e gravar um disco”, lembra
Fernando Brant. Uma década se passou para que ele finalmente conseguisse gravar
pela Continental o disco Profissão de fé. Sirlan desistiu de enfrentar a
censura e passou a compor jingles.
