Forró, baião, muita guitarra e uma percussão
cheia de referências a estilos nordestinos. A música é regional, mas a origem
está há muitos quilômetros dali, no Estado de São Paulo.
O Jambêndola, um grupo de estudantes paulistanos do
departamento de música popular da Unicamp entrou de cabeça na cultura
nordestina, fundindo-a com o rock e usando samplers.
A banda está lançando seu primeiro disco pelo selo Original,
da gravadora Roadrunner, a mesma do Sepultura.
O disco vai do repertório tradicional, com Luiz
Gonzaga ("Vozes da Seca"), a compositores mais modernos da região,
como Lenine ("Leão do Norte").
"A idéia foi mesclar a música nordestina com
efeitos e condições de gravação mais modernos", disse o guitarrista João
Erbetta. O resultado é um som dançante e rico em referenciais.
Para a banda, desde o fim da ditadura, a música regional virou tema para o pop. "Existe uma revalorização da nacionalidade, uma busca de identidade mesmo", disse o tecladista e compositor Rogério Rochlitz.
Para a banda, desde o fim da ditadura, a música regional virou tema para o pop. "Existe uma revalorização da nacionalidade, uma busca de identidade mesmo", disse o tecladista e compositor Rogério Rochlitz.
Por meio das historinhas do nordeste, a banda
satiriza o mundo urbano. "E a chaminé me engole/E um carro passa/eu tô
imerso na fumaça/Sei que você também tá/A vida é dura meu amor/A vida é
bela/Você é uma janela/Que dá vista para o mar".
A música de trabalho "Quarta-Feira"
está virando clipe, e a banda faz shows no circuito universitário, em casas
noturnas que tocam forró, gafieiras. "Os estudantes em geral se interessam
com trabalho, ele une o dançante com o elaborado", diz Erbetta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário