Formou-se
em jornalismo pela PUC Minas. Estudou também técnica vocal, sem abrir mão da
sensibilidade e da emoção em seu canto. Seu trabalho incorpora sonoridades e
referências a diversas manifestações da cultura popular nacional, como catimbó,
coco, acalanto, lundu, congo dobrado, maracatu, batucão, moda de viola, samba
de caboclo e de roda.
“Sempre que escuto Déa Trancoso me lembro
de Guimarães Rosa. Ela tem patente para cantar o sertão.” João Paulo Cunha,
editor do Caderno de Cultura do Jornal Estado de Minas.
Depois
de vários festivais e shows, participou em 2002 do CD O Violeiro e a Cantora, a
convite do compositor e violeiro Chico Lobo.
Seu
primeiro CD, TUM TUM TUM, lançado pelo selo TUM TUM TUM Discos em 2006. e
posteriormente pelo Biscoito Fino em 2010, foi desenvolvido com recursos do
Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e do Programa BNB de Cultura.
Serendipity,
de 2011, seu primeiro trabalho autoral, trazendo parcerias com Badi Assad,
Chico César e Rogério Delayon, teve o show de lançamento em Pontevedra,
Espanha, durante a Feira das Indústrias Culturais da Galícia. Três canções
desse álbum foram gravadas por outros artistas. Ná Ozzetti e Mônica Salmaso
gravaram Minha Voz, Gonzaga Leal gravou Água Serenada e Isabel Nogueira gravou
Gismontiana.
"Fiquei muito encantada com
Serendipity, o disco dela, que traz canções de muita singularidade. Déa tem
esta característica: suas composições são muito pessoais. Ela é uma mestra da
composição.” Ná Ozzetti, que gravou em seu CD Embalar a música de Déa Minha
Voz'.'
O
álbum Flor do Jequi, de 2012, foi realizado através da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e conta como convidado com o violonista
Paulo Bellinatti. Juntos, eles criam e recriam ícones do Vale do Jequitinhonha,
região conhecida pelo contraste entre a pobreza material e a riqueza da cultura
popular.
“Uma aula de Brasil profundo. Que coisa é a
Déa Trancoso como compositora. A canção Estreleira é uma obra-prima.” Maria
Luiza Kfouri, jornalista, sobre o trabalho Flor do Jequi.
Déa
é afiliada à UBC (União Brasileira dos Compositores) e ao Projeto Elas de Minas.
Foi indicada duas vezes ao Prêmio da Música Brasileira: na primeira, em 2007,
em quatro categorias (Disco Regional, Cantora Regional, Projeto Gráfico e Voto
Popular), concorrendo com Maria Bethânia, Chico Buarque, Alceu Valença e
Daniela Mercury, e em 2013 (na categoria Cantora Regional), concorrendo com
Elba Ramalho e Simone Guimarães.
ah! só agora me deparei com essa linda matéria aqui. grata ss!!! beijo grande no seu coração.
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