Compositor. Cantor. Violonista.
Autodidata, com 12 anos de idade já estava tocando violão. Aos dezessete,
começou a fazer parte do grupo Sambossa.
Iniciou sua trajetória
musical quando, aos 18 anos, mudou-se para o Recife, a fim de estudar. Na
capital pernambucana, juntou-se ao grupo folclórico Grupo Construção, do qual
faziam parte Teca Calazans, cantora, Naná Vasconcelos, percussionista e Marcelo
Melo e Toinho Alves, músicos do Quinteto Violado. Em 1967, mudou-se para o Rio
de Janeiro, onde trabalhou com a cantora Eliana Pittman. Em seguida, juntou-se
a Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin, formando o Quarteto Livre. O
grupo acompanhou o cantor Geraldo Vandré em diversos shows, inclusive na
emblemática "Caminhando". Devido a problemas políticos com a ditadura
militar da época, o grupo se dissolveu.
Em 1968, a cantora Eliana Pittman
gravou a primeira composição de Geraldo Azevedo, "Aquela rosa". No
incício dos anos 1970, formou dupla com o também pernambucano Alceu Valença.
Ainda em 1970, a dupla participou do Festival Universitário da TV Tupi com as
composições "78 rotações" e "Planetário". A boa performance
da dupla chamou a atenção da gravadora Copacabana. Em 1972, lançou com Alceu
Valença, seu primeiro LP. No mesmo ano, e ainda com o parceiro Alceu Valença,
tomou parte do Festival Internacional da Canção, com a composição
"Papagaio do futuro", que contou com a participação de Jackson do
Pandeiro. Ainda com o parceiro Alceu e com Zé Ramalho, fez grande sucesso em
fins dos anos 1970, com "Táxi lunar". Também no mesmo período fez
grande sucesso com "Caravana", em parceria com Carlos Fernando e que
fez parte da trilha sonora da novela "Gabriela", da TV Globo. Em seu
trabalho faz um mistura entre as sofisticadas harmonias da Bossa Nova e a viva
influência da música negra. É autor de composições de puro lirismo, como
"Dia branco" e frevos embrasados, como "Tempo tempero" e
"Pega fogo coração". Teve diversas músicas utilizadas em novelas e
outros programas de televisão, entre os quais, "Juritis e
borboletas", na novela "Saramandaia"e "Arraial dos
tucanos", do seriado "Sítio do pica-pau amarelo", ambos na TV
Globo. Em 1979 e 1980, participou do projeto coletivo de gravação de frevos,
"Asas da América", volumes I e II. Em 1984, participou com os músicos
Elomar, Vital Farias e Xangai, do Show "Cantoria", no Teatro Castro
Alves, em Salvador, do qual resultou o disco "Cantoria I", gravado ao
vivo, nos dias 13, 14 e 15 de agosto daquele ano. Nesse disco, interpretou
"Novena", de sua autoria e M. Vinícius e "Semente de Adão",
dele e Carlos Fernando, cantada em dueto com Xangai. Participou, ainda, como
violonista em diversas faixas do disco. Em 1988, foi lançado o disco
"Cantoria II". Em 1996, participou no Canecão, no Rio de Janeiro, do
show "O grande encontro", ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé
Ramalho. Do show resultou o CD "O grande encontro", onde interpretou
"O ciúme", de Caetano Veloso, "Dia branco", de sua autoria
e Renato Rocha, "Veja (Margarida)", de Vital Farias e "Chorando
e cantando", dele e Fausto Nilo. Em 1997, gravou "O grande encontro
II", com Elba e Zé Ramalho, no qual tocou viola e violão, além de interpretar
canções como "O princípio do prazer", de sua autoria e "Canta
coração", parceria com Carlos Fernando. Em 1998 gravou o programa "Ao
vivo entre amigos", pela Rádio MEC-AM, entrevistado pelo crítico R. C.
Albin, tendo sido transmitido para todo o Brasil pela TV Educativa. Em 1999,
realizou uma série de shows, percorrendo diversas cidades de Minas Gerais e do
Nordeste, culminando com um show em Recife, em Pernambuco, apresentado ao vivo
em praça pública. Em 2000, lançou o CD "Hoje amanhã", gravado nos
Estados Unidos, no qual interpretou, entre outras, "Vou te buscar" e
"Quando você vem", parcerias com Geraldo Amaral e "Tá
querendo", parceria com Capinam, além da música título, parceria com
Fausto Nilo. Em 2001 apresentou-se na casa de espetáculos Canecão no Rio de
Janeiro cantando músicas do seu disco "Hoje amanhã", acompanhado do
grupo de forró Paratodos, de seu filho Lucas.Na ocasião, foi apresentado em
primeira mão o clipe da música "Onde tu vai João?". Em 2002 foi
homenageado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro com o título de
Cidadão do Estado do Rio de Janeiro. No mesmo ano, tocou em Paris com um grupo
de artistas brasileiros. Em 2005, fez participação especial no lançamento do
DVD "O melhor forró do mundo", gravado ao vivo pelo grupo
Forroçacana, em show na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro,
cantando com o grupo a música "Táxi lunar". Em 2006, prestes a completar 43 anos de
carreira, realizou show na Lona Cultural Gilberto Gil, em Realengo, no Rio de
Janeiro, repassando diversos clássicos de sua trajetória, como "Dia
branco, e Táxi Lunar", entre outros. Nessa ocasião, a gravadora Biscoito
Fino lançou a coletânea "100 anos de frevo - É de perder o sapato",
uma coletânea com dois CDs, da qual participaram vários artistas consagrados da
MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Alceu Valença, Maria Bethânia, Elba
Ramalho, Geraldo Azevedo, Silvério Pessoa, Geraldo Azevedo e Chico Buarque,
entre outros. O álbum conta com a execussão instrumental da Spokfrevo
Orquestra, trazendo um repertório que vai do clássico a sucessos
inquestionáveis do gênero. As faixas abrangem: "Frevo nº 1" (Antônio
Maria) na voz de Maria Bethânia; "Energia" (Lula Queiroz) na voz de
Lenine; Valores do Passado (Edgard Moraes) na voz de Maria Rita; "Homem de
Meia Noite (Carlos Fernando / Alceu Valença) na voz de Alceu Valença; "De
Chapéu de Sol Aberto" (Capiba) na voz de Vanessa da Mata; "Tempo
Folião" (Carlos Fernando / Geraldo Azevedo) na voz de Geraldo Azevedo;
"Frevo Rasgado" (Gilberto Gil / Bruno Ferreira) na voz de Elba
Ramalho; "Me Segura se Não eu Caio" (J. Michiles) na voz de Ney
matogrosso; "0 Último Regresso (Getúlio Cavalcanti) na voz de Luiz
Melodia; Frevo Diabo (Edu Lobo / Chico Buarque) na voz de Edu Lobo; "Atrás
do Trio Elétrico" (Caetano Veloso) na voz de Silvério Pessoa; Frevo nº3 (Antônio
Maria) na voz de Geraldo Maia; "Bom Danado" (Luiz Bandeira / Ernani
Seve) na voz de Nena Queiroga;" Madeira que Cupim não Rói (Capiba) na voz
de Claudionor Germano; "Evocação nº1 (Nelson Ferreira) na voz de Antônio
Nóbrega; "Aurora de Amor" (Romero Amorim / Maurício Cavalcanti) na
voz de Lígia Miranda, Nena Queiroga, Rosana Simpson e Vanessa Oliveira. Em
2007, sete anos após seu último lançamento, lançou o CD "O Brasil existe
em mim", pela Sony&BMG. Nesse álbum, há uma grande diversidade de
ritmos, que passa pelos tradicionais samba, forró e maracatu, até sons mais
modernizados, como a balada romântica "O Paraíso É Agora", uma versão
batida remix desta mesma música, e o reagge "Ver de novo". O disco
contou com participações especiais de Elba Ramalho, na faixa "São João
Barroco", Alceu Valença, na faixa "Já que o Som Não...", e de
Clarice Azevedo, em "Ver de novo". Em 2009, lançou seu primeiro DVD
solo, "Uma geral do Azevedo", que contou com a direção geral de Lara
Velho. Em 2011, lançou o CD/DVD "Salve São Francisco", homenageando o
Rio São Francisco, que atravessa cinco estados do Brasil nordeste. O álbum,
produzido por Robertinho do Recife, com direção musical do próprio Geraldo,
traz participação de Ivete Sangalo na faixa "O Ciúme", de Caetano
Veloso (de 1987) que cita o "Velho Chico" na letra. O DVD exibe
imagens das gravações de estúdio. Além de Dominguinhos, Moraes Moreira, Alceu
Valença e Roberto Mendes, também participam do projeto Djavan, interpretando
"Barcalola do São Francisco", e Fernanda Takai, em "Opara",
com influência bossa-novista. No DVD, o destaque é a interpretação de Maria
Bethânia, cuja imagem não foi captada para o vídeo. Apenas a voz da cantora é
ouvida na interpretação em toada de "Carranca que chora", parceria de
Geraldo com Capinam. No mesmo ano, apresentou-se no evento "São João
carioca", uma festa junina realizada pela prefeitura da cidade do Rio de
Janeiro. Do show, participaram artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elba
Ramalho, Alcione e Dominguinhos. Ainda em 2011, foi indicado ao prêmio Grammy
Latino, na categoria “Melhor Álbum de Raízes Brasileiras”, com seu disco
"Salve São Francisco". Em 2012, participou do disco "Luiz
Gonzaga - Baião de dois", lançado pela Sony Music e produzido por Fagner,
em homenagem ao centenário do nascimento do Rei do baião. O CD apresentou
quinze obras interpretadas por Luiz Gonzaga, remasterizadas digitalmente, em
duetos virtuais com nomes como, além do próprio Geraldo Azevedo, Zélia Duncan,
Amelinha, Zeca Pagodinho, Alcione, Alceu Valença, Chico César, Zeca Baleiro,
Ivete Sangalo, Fagner, Dominguinhos e Zé Ramalho.
Olá Sérgio, poderia fazer o grande favor de ressubir os links de:
ResponderExcluir1972 - Quadrafônico - Alceu Valença & Geraldo Azevedo;
1977 - Geraldo Azevedo;
1979 - Bicho de 7 Cabeças;
1981 - Inclinações Musicais;
1984 - Tempo tempero.
Ficarei muito grato.
Aloísio