Pinduca é um dos maiores
representantes da cultura popular no Brasil. Cantor e compositor, o “Rei do
Carimbó” (como é carinhosamente conhecido em todo Brasil) criou ritmos, como
Sirimbó, Lári-Lári, Lambada e Langode.
Ele já gravou 30 discos em
trinta anos de carreira. Desde 1973, quando gravou seu primeiro disco, até seus
últimos lançamentos realizados pela Somzoomsat, onde se destaca o seu 29º com “Pinduca
ao vivo” e agora lança o seu 30º CD. Pinduca divulgou seus ritmos em vários
países: Bolívia, Peru, Colômbia, Angola, Guiana Francesa e fez um grande
sucesso na excursão realizada em Agosto de 2000 para Alemanha, com sua banda
completa, onde participou do festival de música brasileira HEIMATRLANGE.
Seu maior interesse, como ele
mesmo diz, é levar a cultura musical paraense e as coisas do Pará a todos os
lugares onde vai se apresentar com os seus shows.
Natural da cidade de
Igarapé-Mirim, interior do Estado, é de uma família de músicos. Seu pai, José
Plácido Gonçalves, falecido no dia 06/09/1997 com 103 anos, era professor de
música. Foi com ele que Pinduca aprendeu as primeiras notas musicais. Sua mãe,
Luzia Tereza de Oliveira Gonçalves, falecida em 04/02/1997 aos 96 anos, teve 13
filhos: 9 homens e 4 mulheres, e todos sabem tocar algum instrumento musical. Alguns
seguiram carreira profissional. Seu José e dona Luzia foram inspiradores para
os carimbós de Pinduca.
Pinduca iniciou sua carreira
aos 14 anos, como pandeirista. Certo dia, durante as comemorações da festa de
Nossa Senhora do Rosário, na vila de Maiuatá (município de Igarapé-Mirim e
Abaetetuba) tocando a alvorada que abriria os festejos às 5 horas no coreto da
praça. Nessa época os conjuntos musicais tocavam apenas instrumentos acústicos,
com todos os músicos sentados ao redor do cantor, que também cantava sem
microfone. Durante a apresentação, ele levantou-se e começou a dançar, enquanto
tocava suas maracas. Todos se aproximaram para ver a novidade, e a exibição foi
um enorme sucesso.
Com a autorização de seu pai,
Pinduca seguiu para Abaetetuba, onde participou da Orquestra Brasil, já com 16
anos. Depois foi para Belém, onde participou da Orquestra de Orlando Pereira,
como baterista, nessa época considerado um dos melhores bateristas do Pará.
Alistou-se no Exército, e seguiu carreira na Polícia Militar até chegar a
Tenente Mestre da Banda de Música da PM.
Pinduca formou sua própria
banda em 1957. Nesse mesmo período o cantor estava organizando a decoração dos
chapéus de palha que seriam utilizados na apresentação de uma quadrilha de
festa junina, colocando neles, nomes caipiras, como: Tio Bené, Nhô Zé, entre outros.
Seu apelido era Noca, mas depois que Aurino Quirino escolheu o chapéu para si
com o nome de Pinduca foi um verdadeiro batismo e a partir daquele dia Aurino
ou Noca passou a ser Pinduca.
Seu primeiro disco foi
gravado em 1973 e vendeu 15.000 cópias, desde a Bahia até Manaus, aí começava o
fabuloso sucesso de vendas que Pinduca tornara-se em todo país.
Banda do Pinduca: 12 Músicos
e 4 Bailarinas.
Pinduca é casado a 40 anos
com Deuzarina Santos Gonçalves juntos tiverem 6 seis filhos.
Otávio Roosevelth, Tânia
Ellem, Eloy Kleem, Douglas Rielang, Stanley V, Sheila Jane, e 7 netos: Duanna
Mahana, Luan Gonçalves, Alan Kleem, Diego Henrique, Emanuela Gonçalves, Gabriel
Douglas, João Vitor. Hoje 4 quatro de seus filhos participam da banda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário