Discípulo de Jackson do
Pandeiro. Iniciou a carreira em 1942. Seu trabalho serviu de inspiração para
bandas pernambucanas como a Cascabulho.
Em 1962 gravou na Mocambo seu
primeiro disco com o baião "Justiça divina", de Onildo Almeida e a
moda de roda "Bambuê bambuá", de Joaquim Augusto e Luiz Plácido. No
mesmo ano, teve o rojão "Moça de hoje", parceria com Ari Lobo gravado
na RCA Victor pelo próprio Ari Lobo. Em 1963, na mesma gravadora gravou de sua
autoria o coco "Coco trocado" e de Onildo Almeida, a moda de roda
"Chora bananeira". No mesmo período, registrou de Genival Lacerda e
Antônio Clemente, o rojão "Carreiro novo".
Em 1964 gravou dois dos
últimos 78 rotações da série 15.000 da Mocambo com a moda de roda "Aquela
rosa", de sua autoria e o coco "Na base do tamanco", parceria
com José Maurício. Na ocasião, os discos foram divididos com Toinho da sanfona,
que gravou no lado B. Em 1966 lançou o LP "Cantando", pela gravadora
CBS.
Em 1973 participou do disco
"Forró na palhoça" lançado pela CBS no qual interpretou
"Tarrabufado", de sua autoria e Isabel Biluca e "Flor de
croatá", de João Silva e Raimundo Evangelista. Em 1974 lançou pelo selo
Tropicana-Cantagalo o LP "Eu chego lá", que na época recebeu calorosa
crítica do jornalista José Ramos Tinhorão, que a respeito do disco afirmou:
"... desfilam toadas agalopadas como "Flor de Croatá", cocos
como "Coco do pandeiro", mazurcas nordestinas como "Eu chego
já", baiões de ritmo acelerado como "Tentar esquecer",
sambas-baiões como "Concurso de voz", gêneros desconhecidos como
mineiro-pau: uma estranha mistura que lembra ao mesmo tempo o ritmo do calango
e, mais longinquamente, dos sambas de partido alto cariocas." Em 1978,
teve o baião "Abôio de vaqueiro", com Zé Cacau, gravado pelo trio de
forró Os Três do Nordeste no LP "Forró do poeirão". Em 2000 lançou
pela Manguenitude o CD "Só não dança quem não quer", produzido por Zé
da Flauta, com participações especiais
de Chico César, Vange Milliet, Mestre Ambrósio, Marcos Suzano, Toninho
Ferraguti e Bocato. Destacaram-se no disco, "Fumando mais Tonha",
"Coco trocado", "Chora bananeira" e "Abaio de
vaqueiro". Ao longo da carreira gravou 24 LPs e dois CDs.
Em 2001 recebeu um tributo do
cantor e compositor Silvério Pessoa, ex-líder do grupo Cascabulho, no CD
"Bate o mancá", com músicas de Jacinto Silva, que aparece em algumas
vinhetas ao longo do disco. Foram selecionadas 14 músicas do compositor e
cantor alagoano, entre as mais de 200 de sua autoria.
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