História
Diana Pequeno, cantora e
compositora brasileira, nasceu em Salvador/BA no dia 25 de janeiro de 1958.
Seu sobrenome realmente é
Pequeno, morou na Saúde, no bairro de Nazaré (centro de Salvador) e estudou no
famoso Colégio de Aplicação - um dos grandes referenciais em termos de educação
nos anos 50 a 70, ganhou até canção dos Novos Baianos. Desse, partiu para a
Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde foi estudar Engenharia Elétrica.
Em um determinado momento, um
amigo de seu pai, Bila, que ainda que não profissionalmente, lidava com música,
perguntou se ele poderia indicar três boas cantoras para fazerem testes na
RCA-Victor. A esta altura, Diana Pequeno já era conhecida nos meios
universitários e midiáticos baianos; assim, seu pai resolveu indicá-la, meio
que sem acreditar, junto com outras duas cantoras. Diana foi a única escolhida
pela RCA-Victor - uma das gravadoras que mais projetou cantoras nos anos 70 -
e, aos 19 anos, entrava em estúdio para gravar o seu primeiro disco.
Estudou Engenharia Elétrica,
trabalhou com teatro e música no interior da Bahia. Radicou-se em São Paulo em
1978, quando lançou-se como cantora. Seu primeiro disco, “Diana Pequeno”, teve
como carro-chefe uma versão para "Blowin' In The Wind", de Bob Dylan e
foi muito bem recebido pela crítica.
No seu último disco,
“Cantigas”, ela se voltou para os primórdios da música brasileira. São músicas
raras de Chiquinha Gonzaga, Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Catulo da Paixão
Cearense e algumas mais novas de Edu Lobo, Dorival Caymmi, que se integram
perfeitamente às demais. Dizem que ficou mais de um ano pesquisando repertório.
Em fins dos anos 1970, quando
ainda era estudante de Engenharia Elétrica, destacou-se como cantora nos palcos
universitários. Passou nessa época a dedicar-se à música, buscando um
repertório caracteristicamente brasileiro, misturado a baladas românticas, além
das influências medievais, orientais e africanas. Musicou poetas como Mário
Quintana e Cecília Meireles.
Gravou seu primeiro disco
pela BMG, ex RCA em 1978, com direção de criação de Osmar Zan e direção
artística e de estúdio de Dércio Marques, com as participações especiais de
Osvaldinho do Acordeom, Gereba, Grupo Bendegó, Dorothy Marques e Dércio
Marques. Entre outras composições, gravou “Cuitelinho”, tema folclórico,
adaptado por Paulo Vanzolini, “Acalanto” de Elomar, “Los caminos” de Pablo
Milanez, “Relvas” de Dércio Marques e Claudio Murilo e a clássica balada
“Blowin'in the Wind”, do cantor e compositor norte americano Bob Dylan, com
versão de sua autoria e acompanhamento ao violão de Dércio Marques, e que
tornou-se seu grande sucesso.
O sucesso dela foi de maneira
que, um dos músicos participantes do seu primeiro disco, acabou namorando e
casando com ela. Trata-se do Dércio Marques, que a auxiliou na produção do seu
segundo disco, “Eterno Como Areia”(RCA-Victor, 1979).
Em 1979 classificou-se para
as finais do festival de música da extinta TV Tupi com a música “Facho de fogo”
de João Bá e Vital França. Nesse ano, lançou o LP “Eterno como areia”, com
destaque para “Facho de fogo”, de João Bá e Vidal França; “Esse mar vai dar na
Bahia”, de Hilton Acioli; “Cantiga de amigo”, de Elomar e “Camaleão”, do
folclore pernambucano, além da música título, de José Maria Giroldo.
Em 1980 foi classificada no
festival MPB-80 da TV Globo, com a música “Diversidade” de Chico Maranhão.
Apresentou-se, ao longo de seus mais de vinte anos de carreira, em diversos
países, entre os quais, o Japão onde participou do 13º Festival Internacional
da Canção Popular de Tóquio, onde recebeu o prêmio originalidade com a música
“Papagaio dos cajueiros”. Naquele país oriental lançou os discos “Sentimento
meu” e “Mistérios”.
Em 1981 lançou pela RCA o LP
“Sinal de amor”, interpretando entre outras, as composições “Busca-pé” de João
Bá e Vidal França, “Vagando” de Paulinho Morais, “Regina” tema folclórico com
adaptação de sua autoria, “As flores deste jardim” de Ricardo Villas e “Laura”
em pareceria com Luiz Llach. No ano seguinte,lançou o LP “Sentimento meu”, música
título de Melão e Vladimir Diniz, além de “Amor de índio”, de Beto Guedes e
Ronaldo Bastos, “Paisagem (Canção da menina moça)” e “Missa da terra sem
males”, de sua autoria.
Em 1982 separa-se de Dércio
Marques.
Quando poderia ter se tornado
uma das maiores cantoras do Brasil, Diana tomou a decisão de afastar-se do
mainstream. Aproveitou o fim do seu contrato com a RCA-Victor e não o renovou.
Voltou ao curso de engenharia. Graduou-se. Recomeçava a vida aos 27 anos. Sua
última participação para o grande público foi com um tema de novela, algo que
ela só havia feito uma vez, na Bandeirantes, com "Amor de Índio", que
foi usada na trilha-sonora da novela em Maçã do Amor: “Haja Coração”, que
entrou na trilha da trama global “De Quina Pra Lua”. Longe de ser uma canção ao
estilo Diana Pequeno, só foi lançada no LP da novela.
Em 1989, com ajuda da irmã
Eliana Pequeno, que sempre foi sua produtora particular, Diana Pequeno lança um
disco independente chamado “Mistérios”(erroneamente chamado de Acquarius por alguns
- a confusão se dá pelo nome que aparece no rótulo do LP, na verdade
“Acquarius” era a produtora da Eliana Pequeno). É um disco intimista, mezzo
pop, mezzo regionalista. Lançou também “Mulher Rendeira”. É o disco mais raro
de Diana Pequeno, principalmente pelo fato de sua venda ter sido feita pelos
correios. A capa é bastante simples, com a sua foto de perfil em preto e
branco.
Para esse LP escreveu “Serei
teu bem”, versão para “You've Got a Friend”, de Carole King. Em 1989, gravou de
maneira independente o LP “Acquarius”, que tinha entre outras as músicas “Olhos
abertos”, de Guarabyra e Zé Rodrix; “As ilhas”, de Joyce; “Mulher rendeira”, de
Zé Martins e Zé do Norte; “Mil melodias”, de Guilherme Rondon e Paulo Simões e
“Tudo no olhar” e “Ser feliz é melhor que nada”, de sua autoria.
Após isto, Diana não fez
aparições durante os anos 90.
Em 2001, lançou seu sétimo
disco, pelo selo Rádio Mec, com clássicos da música popular brasileira de
autoria de Carlos Gomes, Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga e Guerra Peixe, além de
canções folclóricas. Em 2002, apresentou-se na Sala Funarte no Rio de Janeiro
onde interpretou entras músicas, “Lua branca”, de Catulo da Paixão Cearense e
“Canoeiro”, de Dorival Caymmi. É chamada de “Joan Baez” brasileira, pela
pesquisa de músicas engajadas, tanto latinas quanto de roda que incluiu em seu
repertório.
No seu último disco,
“Cantigas”, ela se voltou para os primórdios da música brasileira. São músicas
raras de Chiquinha Gonzaga, Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Catulo da Paixão
Cearense e algumas mais novas de Edu Lobo, Dorival Caymmi, que se integram
perfeitamente às demais. Dizem que ficou mais de um ano pesquisando repertório.
Diana Pequeno sempre encantou
pelo seu jeito descontraído de cantar. Embora ela fosse séria e compenetrada na
sua interpretação, a sua voz causava uma sensação de intimidade jamais percebida
em outro artista da MPB. O seu sotaque dava à canção um verdadeiro meio-termo
entre o urbano e o rural. Ela podia cantar tão bem uma canção pop como “Serei
Teu Bem” (versão de “I've Got a Friend”, de Carolyn King), quanto uma canção
intimista como “Cuitelinho”.
Em 2003, apresentou-se no
programa “A vida é um show”, apresentado por Miéle na TVE, quando falou de sua
vida e de sua carreira.
A última aparição pública
conhecida de Dianna Pequeno foi em sua terra natal, no ano de 2005. Mais
precisamente no projeto “Pelourinho Dia e Noite”. Desde então, ela fez
aparições na mídia. Apenas pessoas como o percussionista Papete, o Zeca
(moderador de sua comunidade no Orkut) e o Zé Roberto (presidente do fã-clube),
ainda tiveram algum contato com ela. Alguns dizem que Dianna fechou-se como
profissional de engenharia. Outros, que ela encontra-se em projetos futuros.
Discografia
Diana Pequeno (1978) RCA
Victor LP
Eterno como areia (1979) RCA
Victor LP
Sinal de amor (1981) RCA
Victor LP
Sentimento meu (1982) RCA Victor
LP
O mistério das estrelas
(1985) RCA Victor LP
Mistérios (1989)
Acquarius/Independente LP
Cantigas (2002) Selo Rádio
MEC CD
Está fazendo falta! Precisa voltar a gravar!
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