Letrista. Poeta.
Começou a escrever versos na
época em que morou em Angra dos Reis (RJ). Nessa cidade, conheceu João de
Aquino, com quem compôs suas primeiras canções. É casado com a instrumentista
Luciana Rabello.
Em 1964, compôs
"Viagem" (c/ João de Aquino). No ano seguinte, iniciou uma parceria
com Baden Powell. Ainda na década de 60, participou dos seguintes festivais:
1968: I Bienal do Samba (TV
Record), com "Lapinha" (c/ Baden Powell), classificada 1º lugar. Nesse
mesmo ano, a música foi gravada por Elis Regina;
1968: III Festival da Música
Popular Brasileira (TV Record), com "A grande ausente" (c/ Francis
Hime), defendida por Taiguara e classificada em 6º lugar;
1968: III Festival
Internacional da Canção (Rede Globo), com as canções "Sagarana" (c/
João de Aquino), interpretada por Maria Odete, e "Anunciação" (c/
Francis Hime), interpretada pelo MPB-4;
1969: IV Festival
Internacional da Canção (Rede Globo), com "Sermão" (c/ Baden Powell).
Em 1970, apresentou-se ao
lado de Baden Powell em temporada de 15 dias em Paris (França). Ainda nesse
ano, destacou-se como letrista, em suas parcerias com Baden Powell "Samba
do perdão", "Quaquaraquaquá" e "Aviso aos navegantes",
gravadas por Elis Regina, e "Refém da solidão" (c/ Baden Powell),
gravada por Elizeth Cardoso. Também nesse ano, participou das trilhas sonoras
de "O semideus", novela da TV Globo (com 12 músicas), e "A
vingança", filme de Marcos Farias. Assinou, também, roteiros de shows de
Baden Powell.
Voltou a participar de
festivais, ainda na década de 1970:
1971: IV Festival
Universitário da Música Popular (TV Tupi), com "E lá se vão meus
anéis" (c/ Eduardo Gudin), defendida pelo conjunto Os Originais do Samba,
classificada em 1º lugar;
1972: VII Festival
Internacional da Canção (Rede Globo), com "Diálogo" (c/ Baden
Powell), que venceu um festival realizado na Espanha.
Em 1973, participou das
trilhas sonoras de "Tati, a garota", filme de Bruno Barreto, e
"A teoria na prática é outra", peça teatral de Antônio Pedro, montada
no Teatro Princesa Isabel (RJ).
Em 1974, sua canção
"Agora é Portela 74" (c/ Maurício Tapajós) foi gravada pelo conjunto
MPB-4. Também nesse ano, assinou a versão do musical "Pippin",
encenado no Teatro Manchete (RJ). Ainda em 1974, gravou seu primeiro LP como
intérprete de suas canções, "Paulo César Pinheiro", com destaque para
"Maior é Deus" (c/ Eduardo Gudin), "Bandoneon" (c/ Guinga),
"Besouro mangangá" (c/ Baden Powell), "Viagem" (c/ João de
Aquino), "Cicatrizes" (c/ Miltinho) e "Pesadelo" (c/
Maurício Tapajós).
Em 1975, casou-se com a
cantora Clara Nunes. Nesse mesmo ano, lançou, com Marcia e Eduardo Gudin, o LP
"O importante é que a nossa emoção sobreviva", contendo suas canções
"Veneno" e "Consideração", ambas com Eduardo Gudin, e
"Marcha-rancho" (c/ Maurício Tapajós e Eduardo Gudin), entre outras.
Em 1976, lançou, com Marcia e
Eduardo Gudin, o LP "O importante é que a nossa emoção sobreviva nº
2", com suas canções "Velho passarinho" (c/ Eduardo Gudin) e
"Dança da força", entre outras. Ainda nesse ano, publicou o livro de
poemas "Canto brasileiro".
Em 1978, escreveu músicas
para a trilha sonora de "A batalha dos Guararapes", filme de Paulo
Thiago. Na área infantil, compôs "Pedrinho e Jabuticaba" (c/ Dori
Caymmi), para a trilha sonora do programa "O sítio do pica-pau amarelo"
(Rede Globo), e cinco músicas em parceria com Edu Lobo, para a trilha sonora do
programa "Rá-tim-bum" (TV Cultura).
Em 1980, gravou mais um LP
autoral, "Paulo César Pinheiro", contendo "Minhas esquinas"
(c/ João Nogueira), "Jogo de Angola" (c/ Mauro Duarte) e "Matita
Perê" (c/ Tom Jobim), entre outras. Dois anos depois, publicou mais um
livro de poemas, "Viola morena".
Em 1983, lançou o LP
"Poemas escolhidos", registrando 33 poemas de sua autoria, entre os
quais "Infância", "Revelação" e "Fruta nativa".
Nesse ano, ficou viúvo de Clara Nunes.
Publicou, no ano seguinte, o
livro “Viola morena”.
A canção "Voz
unida", de sua parceria com Maurício Tapajós, escrita em homenagem a Dalva
de Oliveira e a Clara Nunes, foi a única canção inédita, entre clássicos da
MPB, incluída no repertório do LP duplo "Há sempre um nome de
mulher", projeto realizado, em 1989, por Ricardo Cravo Albin para obter
recursos para a "Campanha do Aleitamento Materno". O disco, vendido
apenas nas agências do Banco do Brasil, atingiu a marca de 600.000 cópias.
Em 1994, apresentou-se, com
João Nogueira, em show gravado ao vivo e lançado no CD "Parcerias".
No repertório, 17 canções da dupla, como "Espelho", "Eu, hein,
Rosa", "Poder da criação" e "Rio, samba, amor e tradição",
entre outras.
Em 1996, apresentou-se, com
Marcia e Eduardo Gudin, no Sesc-Pompéia (SP). O espetáculo, "Tudo o que
mais nos uniu", realizado em comemoração aos 20 anos do primeiro show dos
três artistas, foi gravado ao vivo e lançado em CD homônimo, contendo suas
canções "Santo dia", "O cristal e o marfim", Velho
casarão", "Recado ao poeta" e "E lá se vão meus
anéis", todas em parceria com Eduardo Gudin, entre outras.
Em 2000, lançou mais um
livro, "Atabaques, violas e bambus". Ainda nesse ano, escreveu, em
parceria com Geraldo Carneiro, as letras para a "Sinfonia do Rio de
Janeiro", composição de Francis Hime. O espetáculo, com idealização e
argumento de Ricardo Cravo Albin, apresentado no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, foi gravado ao vivo e lançado em CD e DVD pelo selo Biscoito Fino, com
muito boa repercussão nacional e internacional.
Em 2003, lançou o livro
"Clave de sal - Poemas do mar". Nesse mesmo ano, recebeu, pelo
conjunto da obra, o Prêmio Shell (23º da série), em espetáculo realizado no
Teatro João Caetano (RJ), que reuniu Nana Caymmi, MPB-4, Sérgio Santos, Amélia
Rabello e Renato Braz. Ainda em 2003, gravou o CD "O lamento do
samba", contendo 14 sambas inéditos, dos quais é autor da música e da
letra, como "Estrela partida", "Nomes de favela",
"Sublime paixão" e "Samba da tristeza", além da
faixa-título, entre outros. O disco marcou o lançamento do selo Quelé,
iniciativa conjunta das gravadoras Biscoito Fino e Acari Records.
Lançou, em 2004, o livro
“Atabaques, violas e bambus” (Editora Record).
Em 2006, estreou, no Centro
Cultural Banco do Brasil, a primeira peça teatral de sua autoria, “Besouro
Cordão de Ouro”, contando a história de “Waldemar de Tal”, o
“Besouro-Mangangá”, uma lenda da capoeira. Para a trilha sonora do musical,
compôs (músicas e letras) 14 canções. O espetáculo teve direção geral de João
das Neves e direção musical de Luciana Rabello.
Em 2009, publicou o livro
“Pontal do Pilar” (Editora Leya). Nesse mesmo ano, a cantora Selma Reis gravou
o CD “Poeta da voz”, contendo exclusivamente canções de sua autoria: “Banho de
manjericão”, “As forças da Natureza” e “Minha missão”, todas com João Nogueira,
“Bodas de vidro” e “Cordilheiras”, ambas com Sueli Costa, “Cicatrizes” (c/
Miltinho), “Bolero de Satã” (c/ Guinga), “Sem companhia” (c/ Ivor Lancelloti),
“Vou deitar e rolar” (c/ Baden Powell), “Tô voltando” (c/ Maurício Tapajós),
“Viagem” (c/ João de Aquino), “Velho arvoredo” (c/ Hélio Delmiro), “Portela na
Avenida” (c/ Mauro Duarte), “Passatempo” e “Ofício”.
Lançou, em 2010, o livro
“Histórias das minhas canções” (Editora Leya). Nesse mesmo ano, Edu Lobo gravou
no CD “Tantas marés” as canções “Coração cigano”, “Primeira cantiga”, “Tantas
Marés (Ex - Vestígios)”, “Qualquer caminho”, “Dança do corrupião” e
“Perambulando”, todas de autoria dos dois. Ainda em 2010, Dori Caymmi
registrou, no CD “Mundo de dentro”, as seguintes parcerias de ambos:
“Quebra-mar”, “Rio Amazonas”, “É o amor outra vez”, “Chutando lata”,
“Delicadeza”, “Dia de graça”, “Dança do tucano”, “Sem poupar coração”, “Flauta,
sanfona e viola”, “Armadilhas de um romance”, “Saudade de amar” e a
faixa-título, esta última com crédito também para Danilo Caymmi. Também 2010,
Mario Adnet registrou no CD “O samba vai” as seguintes parcerias de ambos:
“Dilema”, “Dois Orfeus”, “Valsa exaltação” e a faixa-título. Nesse mesmo ano, a
cantora Maria Bethânia registrou no CD e DVD “Amor, Festa e Devoção”, suas
canções “É o amor outra vez” (c/ Dori Caymmi), “Linha de caboclo” (c/ Pedro
Amorim) e “Encanteria”.
Em 2011, a cantora Soraya
Ravenle lançou o CD “Arco do tempo”, contendo exclusivamente canções de sua
autoria: “Cristal lilás” e “Canta essa melodia”, ambas com Maurício Carrilho,
“Toada do sol e da lua” e “Serena”, ambas com Pedro Amorim, “Sinhora” (c/ Roque
Ferreira), “Lua candeia” (c/ Lenine), “Serenata antiga” (c/ Sérgio Santos),
“Ninho de vespa” (c/ Dori Caymmi), “Jogo de fora”, “Carta branca” (c/ Baden
Powell), “Viagem” (c/ João de Aquino), “Súplica” (c/ João Nogueira) e “Arco do
tempo”. Em 2011, numa parceria do Instituto Cultural Cravo Albin com o selo Discobertas,
foi lançado o box "100 Anos de Música Popular Brasileira", contendo
quatro CDs duplos, com áudio restaurado por Marcelo Fróes da coleção de
oito LPs da série homônima produzida por Ricardo Cravo Albin, em 1975, com
gravações raras dos programas radiofônicos “MPB 100 ao vivo” realizadas no
auditório da Rádio MEC, em 1974 e 1975. O compositor participou do volume 8 da
caixa, com sua canção “E lá vou eu” (c/ João Nogueira, na voz de Beth Carvalho.
Nesse mesmo ano, suas canções “Retirança”, “Muito chão” e “Assunto de saudade”,
todas com Danilo Caymmi, e ainda “Painel”, que contou também com Alice Caymmi
na autoria, foram gravadas pelo parceiro no CD “Alvear”. Considerado um dos
maiores poetas da canção popular do Brasil, reuniu, ao longo de sua carreira,
uma volumosa obra gravada por inúmeros cantores. Em 2011, cerca de 1.100
músicas gravadas, além das inéditas, totalizando mais de 2.000 músicas
compostas.
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