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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

TÉO AZEVEDO

Em 1965, gravou no estúdio Discobel seu primeiro disco, interpretando a música de domínio público "Deus te Salve, Casa Santa" para a qual compôs mais três estrofes e mudou a melodia tradicional cantada no norte de Minas. No mesmo período apresentou-se fazendo a abertura de shows de variados artistas, tais como Caxangá e Vicente Lima, e Zé Brasil, que se apresentavam em circos e praças públicas. Em 1968, foi escolhido O Melhor Compositor Mineiro do Ano pelo cronista Gérson Evangelista, do jornal mineiro "O Debate". No ano seguinte,  mudou-se para São Paulo. Na capital paulista aprendeu todas as modalidades de cantoria do Nordeste com o cantador alagoano Guriatã de Coqueiro. Apresentou-se como cantador nas ruas de São Paulo, correndo o chapéu entre os ouvintes. Cantou sextilhas com o iniciante Alceu Valença na Feira de Arte da Praça da República, criada por Antônio Deodato, alagoano conhecido como Deodato Santeiro. Daquela Feira de Arte participavam diversos cantadores e cordelistas, entre os quais Maxado Nordestino, Sebastião Marinho e Coriolano Sérgio. Em São Paulo tornou-se também parceiro de Venâncio, da dupla Venâncio e Curumba, de quem tornou-se amigo. Em 1978, lançou o disco "Brasil, Terra da Gente", no qual gravou, entre outras composições, "Viola de bolso", uma transposição para folia de reis de versos de Carlos Drummond de Andrade.
No mesmo ano, foi vencedor do Primeiro Festival de Música Sertaneja promovido pela Rádio Record de São Paulo com a toada "Ternos pingos da saudade", feita em parceria com o poeta Cândido Canela. Além do prêmio de melhor melodia e de melhor letra, recebeu também o prêmio de melhor interpretação. No ano seguinte, participou da abertura da Feira do Livro na Praça Sete de Setembro, sendo convidado em seguida para gravar os jingles e spots de lançamento do primeiro Torneio de Repentes de Minas Gerais. Em 7 de janeiro de 1980 fundou, com outros companheiros como Amelina Chaves, Jason de Morais, Josece Alves, Silva Neto, Pau Terra, João Martins e o grupo Agreste, a  ARPPNM,  Associação dos Repentistas e Poetas Populares do Norte de Minas. Ainda em 1980, descobriu  o violeiro, tocador de rabeca e construtor de instrumentos Zé Coco do Riachão, do qual produziu os primeiros  discos. Seu primeiro livro lançado foi "Literatura popular do norte de Minas". Em 1982, lançou a segunda edição de seu segundo livro, "Plantas medicinais e benzeduras", cuja primeira edição de 10 mil exemplares se esgotou. Nas suas 165 páginas registrou o relato de 120 curandeiros, aparadeiras e benzedores. Publicou também "Cultura popular do norte de Minas" pela Editora Global,  "A folia de reis no norte de Minas", pelo Sesc-MG, "Abecedário matuto", pela Global, "Repente folclore", pelo Sesc-MG, "Tiófo, o cantador de um braço só", pela Global,  "Dicionário catrumano (Pequeno glossário de locuções regionais)", pela editora Letras e Letras, "As plantas que curam", pela Editora Motivo e "Versos de rodeio". Em 1994, teve as músicas "Cachorro sem dono" e "Dona Criola" gravadas pelo cantor Luano do Recife. Já escreveu mais de  mil histórias de cordel. Individualmente lançou mais de 10 discos. Participou ainda de discos de outros artistas, como "Som Brasil" com Rolando Boldrin, "10 anos do Paço das Artes" (MIS- SP)", "Chapéu de couro" com Jorge Paulo, "Repentistas do norte de Minas", "Luiz Gonzaga: 70 anos de sanfona e simpatia" e outros. Musicou um especial sobre Guimarães Rosa para a FM-Cultura-SP. Para a TV da Alemanha musicou dois especiais, um sobre  "Grande sertão, veredas", de Guimarães Rosa, e outro sobre "Cantigas de vaqueiros e repentistas". Musicou também parte da peça "A hora e a vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa, com direção de Antunes Filho, e "Festa na roça", de Martins Pena, encenada no Teatro Célia Helena em São Paulo. Em 1997, interpretou a música  "For Bobby Keys (Music and Life)", versão de Michael Grossmann, no disco do saxofonista Bobby Keys da banda inglesa Rolling Stones. No mesmo ano, gravou com Charlie Musselwhite, tido como o maior gaitista de blues do mundo, com o qual interpretou a composição "Puxe o fole, sanfoneiro Dominguinhos tocador", de sua autoria, que foi indicada como a melhor do CD. Já teve cerca de mil e quinhentas músicas gravadas pelos mais diversos intérpretes, entre os quais Luiz Gonzaga, Sérgio Reis, Clemilda, Tião Carreiro, Zé Ramalho, Banda Cacau com Leite, Tonico e Tinoco, Jair Rodrigues, Cascatinha e Inhana, Zé Coco do Riachão, Caju e Castanha, Milionário e José Rico, Chrystian e Ralf, Pena Branca e Xavantinho, Jackson Antunes, Gedeão da Viola, Genival Lacerda, Zé Ramalho. Até 2000 constava como o terceiro compositor com mais músicas gravadas no Brasil. Tem tido como parceiros, entre outros, Cândido Canela, Jansen Filho, Taís de Almeida e Lourival dos Santos. Musicou o poema "Viola de bolso" de Carlos Drummond de Andrade. Participou de diversos programas de televisão, entre os quais Som Brasil, Faustão, Hebe Camargo, Jô Soares, Viola, minha Viola, Globo Rural (com especiais sobre o Pequi e Folia de Reis) e Goulart de Andrade. É considerado, usualmente no meio, o maior produtor de discos do Brasil, com mais de 3.000 produções até 1999,  tendo lançado diversos artistas da música regional e estimulado outros tantos iniciantes, como foi o caso de Zeca Collares. Foi, durante 30 anos, Mestre de Folia de Reis, tendo sido um dos criadores do Terno de Folia de Alto Belo. Na mesma localidade, coordena  e apresenta anualmente a Festa dos Santos Reis de Alto Belo, considerada por muitos a maior festa de folia de reis do Brasil. Durante as noites do  evento, que dura 3 dias, são apresentados grupos de ternos de folia de reis das cidades vizinhas e de diversas cidades mineiras, além de artistas renomados da cultura regional mineira, especialmente da região norte. O evento tem também no roteiro diversas atividades e jogos característicos da região norte de Minas Gerais. Em 1998, participou da novela Serras Azuis, da TV Bandeirantes, com o Terno da Folia de Reis de Alto Belo. No mesmo ano, apresentou no Seminário Internacional Guimarães Rosa na PUC - Minas Gerais, o "Cordel de Guimarães Rosa". Apresentou o programa "Nosso Canto Nordestino", na Rádio Record de São Paulo. Apresenta desde 1991 o "Programa Téo Azevedo" na Rádio Atual, também de São Paulo, líder de audiência. Manteve no início dos anos 1990 a coluna "Cultura Nordestina" no "Jornal Sertanejo de São Paulo". Além de palestras realizadas periodicamente sobre cultura popular em diversas faculdades brasileiras, fez palestras em Portugal sobre o mesmo tema, tendo ainda feito um show no Teatro da Ilha da Madeira. Seus livros de cordel já foram tema de estudo nas faculdades do Arizona, nos Estados Unidos, de Osaka, no Japão, e na Sorbonne, na França. Sua obra resultou também em tese de doutorado na Faculdade de Colônia na Alemanha. Em seus discos, tem gravado e divulgado variados ritmos da cultura do norte de Minas, como o calango, o coco de viola, o lundu, o guiano e o repente. Suas letras e melodias apresentam grande intensidade poética, tornando-o um dos grandes mestres da música popular brasileira. Em 2001, o jornalista Assis Ângelo publicou "Cantador de Alto Belo", sobre a vida de Téo Azevedo. Também no mesmo ano, Téo Azevedo participou do CD "Veredas do Grande Sertão", de Jackson Antunes, cantando a música homônima ao título do disco, de sua autoria. Em 2001, lançou pela Kuarup Discos o Cd "Téo Azevedo - 50 anos de cultura popular - Cantos do Brasil puro", que teve as participações dos violeiros Gedeão da Viola e Tião do Carro, e apresentação do jornalista Assis Ângelo. Nesse disco, interpretou o pagode "Chora, chora na viola, violeiro do sertão", com melodia de sua autoria sobre poema de Castro Alves; o canto de Folia de Reis  "Deus te salve casa santa (Cálix Bento)", com música sua sobre tema popular; o pagode "Resposta de poeta sertanejo", de sua autoria e Lourival dos Santos; o coco de viola "Faculdade sertaneja", de sua autoria; a toada de Alto Belo "Asas detidas", parceria com Oliveira de Panelas; o pagode "Prosa de valentão", com Clemilda; a toada de Alto Belo "Desencatarana das Gerais", com Brauna e Darcy Ribeiro, com letra baseada no livro "O mulo", de Darcy Ribeiro; os pagodes "Minha viola", com Cândido Canela, e "Milagre", com Janir Vale Mauricio, faixa que contou com a participação da cantadora Beatriz Azevedo; a toada de lamento "Justiça social", com Valente, e a toada de Alto Belo "Revendo", com Moisés Lacerda e Gê Maria. Comemorando 60 anos, em 2003, Téo Azevedo lançou o CD "Brasil com "S" - vol. 1", em que reúne vários convidados, mostrando, em música e poesia, pérolas do sertão mineiro. Entre os convidados, estão Rodrigo Mattos, Dedé Paraízo, Fernanda Azevedo, João Mulato & Paraíso, Cowboy & Estradeiro, José Fábio, José Osmar & Afonso Pimenta, Cantadeiras de Alto Belo, e Jackson Antunes. Na mesma ocasião lançou outro CD comemorativo de seus 60 anos. "Brasil com "s" Vol.2 reúne outros convidados do artista, cantando um repertório característico da cultura sertaneja. Entre os convidados estão Genival Lacerda, Caju & Castanha, Marimbondo Chapéu, Rodrigo Azevedo, Valdo & Vael e Mana Véia. Nesse segundo CD foram interpretadas: "Esquenta o forró", de Téo Azevedo e Genival Lacerda, com participação de Genival Lacerda; "Ternos pingos de saudade", parceria com Cândido Canela; "Bodais, parceria com Dedé Paraízo, que participou também da interpretação, uma homenagem ao cantador Elomar Figueira de Melo; "Ferrada do marimbondo", com interpretação instrumental de Marimbondo Chapéu; "Sertão brasileiro", de sua autoria, interpretada pela dupla Valdo e Vael; Toinha", de sua autoria, interpretada em dueto com Mana Véia; "São Paulo de todos nós", com Peter Arouche; "Forró e prazer", na interpretação de Fatel, "O rei do pequi", com a dupla Raimundo e Edmundo; "Boi do Pantanal", parceria com João Januário, interpretada por Carlos Pinho, "Trava língua do p", com a dupla Cajú e Castanha; "Valsanando (Solo de viola caipira)", com participação instrumental do violeiro Rodrigo Azevedo e "Amanhecer sertanejo", parceria com Jansen Filho, que contou com a participação da dupla João Mulato e Paraíso. Em 2008, realizou participação especial, juntamente com Rolando Boldrin e Paulo Freire, no CD "Imaginário Roseano". O disco, que foi produzido por João Araújo, Rodrigo Delage e Maestro Geraldo Vianna, trouxe canções brasileiras em comemoração ao ano do centenário do escritor Guimarães Rosa. Em 2012, participou do disco "Velho Chico - Sob olhar Januarense", ao lado de nomes como Risalva, Shokito, Catúrcio (o Poeta Catrumano), Maurílio Arruda, Jorge Silva, João Mário Bhá, João Filho, Carromba, Deo Brasil, Admilson Arruda, Jackson Antunes e Grupo Agreste. O álbum, lançado com a apoio da InterTV, afilhada da Rede Globo, apresentou histórias, poesias e músicas sobre o Rio São Francisco.
No mesmo ano, lançou o CD "Salve 100 anos Gonzagão", em comemoração do centenário do nascimento de Luiz Gonzaga. O disco apresentou suas composições "Requiem a Gonzagão", "Maria cangaceira", "Saudade do corneteiro", "Forrozeiro Voando na Asa Branca", "Casa do Bras", "Puxe o fole sanfoneiro, Dominguinhos tocador", "Padroeira da visão", parceria sua com Luiz Gonzaga, "Oxente, cabra da peste", parceria com Genival Lacerda, "O sonho de Téo Azevedo com Gonzagão no Parque Asa Branca", parceria sua com Caju e Castanha, "O buraco", parceria com Jairo Ribeiro, "Quanto mais mexe mió", parceria com João Evengelista, "Romario eterna", parceria com Maurilio Arruda, e "Abecedario catrumano", parceria com Braúna. O álbum teve participações especiais de Dominguinhos, Genival Lacerda, João Lacerda, Mano Véio e Mana Véia, Caju e Castanha, Tiziu do Araripe, Jackson Antunes, José Fábio, José Carlos, Luiz Wilson e Fatel, Os Nonatos e Assis Ângelo.
No ano seguinte, o disco foi premiado com o Grammy Latino, em cerimônia realizada em Las Vegas (EUA), como vencedor da categoria "Melhor Álbum de Raiz". Também em 2013, recebeu o Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Viola Caipira, na categoria guardião das raízes. Em 2015, lançou o CD "Catrumano & Urbano", com 14 músicas inéditas de autoria, interpretação e produção sua e de João Araújo.



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