No começo, em Taperoá
Vital Farias fez seus
primeiros estudos em casa, com seus irmãos mais velhos, lendo folhetos de
cordel, ainda na Pedra D'Água, sítio onde nasceu, no município de Taperoá -
Paraíba. Logo depois, começou seus contatos com a cidade de Taperoá, onde
cursou o primário no Grupo Escolar Felix Daltro. Fez exame de admissão e parte do
ginásio na Escola Professor Minervino Cavalcanti, que funcionou no mesmo grupo
escolar, idealizado pela então benfeitor e amigo de todos nós Dr. Adonias de
Queirós Melo (dentista, homem de muito amor pelas causas educativas).
Ave de arribação
Migrou para João Pessoa para
servir o exército brasileiro (15º Regimento de Infantaria), onde passou dez
meses e quinze dias. Saindo do exército, continuou seus estudos no Lyceu
Paraibano em plena ditadura militar. Nesse tempo já compunha e já se sentia um
cantador, pois as suas origens reclamavam da cultura do seu povo e trazia nas
suas memórias, desde criança, muitas cenas em Taperoá e nos sertões vizinhos da
profunda covardia do sistema capitalista que esmaga e oprime o trabalhador.
Mas, por força das circunstâncias "lei da sobrevivência" formou um
conjunto de iê-iê-iê juntamente com Floriano, Cecílio Ramalho e Golinha ao
estilo The Beatles, que na época incendiou com suas canções belíssimas o mundo
inteiro. Apesar disso, Vital não se esqueceu das cantigas de seu povo, das
ladainhas, das incelenças e cantilenas e paralelamente desenvolvia um trabalho
onde contemplava suas origens.
Suando a camisa
Na década de 70 foi professor
do estado, ministrando aulas de teoria e violão por música, tendo como
orientador Fidja Siqueira, Pedro Santos, Gerardo Parentes, Bento da Gama, entre
outros. Paulatinamente conviveu e participou no Teatro Santa Rosa de vários
trabalhos teatrais: ora como músico, ora como ator, ora como criador. Realizou
alguns trabalhos de cinema. Com essa experiência, anos depois já no eixo
Rio-São Paulo participou do premiadíssimo filme O HOMEM QUE VIROU SUCO
(primeiro lugar no festival internacional de Moscou-1981). Atuou como diretor
musical e roteirista poético.
No Pau-de-Arara
Em 1975 rumou para o Rio de Janeiro.
Lá chegando, participou da peça do Diretor Luis Mendonça LAMPIÃO NO INFERNO
juntamente com Pedro Osmar, seu companheiro de viagem e ex-aluno, Elba Ramalho,
Tânia Alves, Kátia de França Imara Reis, Tonico Pereira, Madame Satã, Hélio
Guerra, Joel Barcelos, Walter Breda, Damilton Viana, entre outros. Por outro
lado, seguia seu sonho de poeta-cantador, compondo, participando das questões
sociais e políticas do Brasil, chegando a participar da peça GOTA DÁGUA, de
Chico Buarque e Paulo Pontes, seu amigo. Continuou, como sempre, alimentando
seu desejo. Fez vestibular na CESGRANRIO, onde foi aprovado para o curso da
Faculdade de Música, onde se formou em 1981. Nesse espaço de tempo teve
orientação de arranjo e regência com os professores e Maestros Radamés Gnatali
e José Alves de Sousa, ex-padre e professor-diretor da faculdade de música.
Poucos, porém grandes parceiros
Vital, por ser um cantador
bisexto,nunca teve muitas parcerias. A não ser com Livardo Alves, Jomar Souto,
com a obra Eu sabia, Sabiá, isso na Parahyba e depois com Salgado Maranhão, já
no Rio de Janeiro, onde morou na casa do estudante universitário em Botafogo.
Só para não esquecer, a ditadura campeava cerceando direitos e maltratando quem
fizesse a verdadeira arte cidadã neste país, sendo achacado, diversas vezes
impedido de cantar certas obras, etc. etc. etc.
Aleluia, habemus disco
Em 1978 faz na Polygram seu
primeiro LP (VITAL FARIAS). Laureado por toda crítica brasileira, inclusive
pela maior autoridade da crítica especializada no país José Ramos Tinhorão -
historiador e crítico do Jornal do Brasil. Durante todo esse tempo, Vital
continuou lendo, debatendo, fazendo palestras, cantorias. Seu trabalho, como é
do conhecimento de todos nós, é um trabalho polêmico no que concerne ao Humano,
Social, Político, Ecológico etc.
O resto é de domínio público.
(se quiser saber de tudo que aconteceu com Vital Farias, pergunte a DEUS...)
Taperoá - Parahyba - Nordeste
- Brasil - América do Sul - Ocidente - Planeta Terra - Via Láctea –AMÉM
FONTE: http://www.vitalfarias.hpg.ig.com.br/bio.html
belo trabalho amigo postando essas maravilhas perdidas da musica popular brasileira.abraços e continue na luta sérgio & digo mais acompanhos seus outros trabalhos.
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