Severino Dias de Oliveira,
mais conhecido como Sivuca, (Itabaiana, 26 de maio de 1930 — João Pessoa, 14 de
dezembro de 2006) foi um dos maiores artistas do Nordeste do Brasil do século
XX, responsável por revelar a amplitude e a diversidade da sanfona nordestina
no cenário mundial da música. Exímio executante da sanfona,
multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor.
Biografia
Sivuca contribuiu significativamente
para o enriquecimento da música brasileira, ao revelar a universalidade da
música nordestina e a nordestinidade da música universal. É reconhecido
mundialmente por seu trabalho. Suas composições e trabalhos incluem, dentre
outros ritmos, choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz,
entre muitos outros.
Ganhou a sanfona de presente
do pai em 13 de junho de 1939, num dia de Santo Antônio, aos nove anos. A
partir daí, a inseparável companheira o levaria para mundos desconhecidos. Aos quinze
anos, ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, no Recife. Em 1948, fez parte do
cast da Rádio Jornal do Commercio.
Em 1951, gravou o primeiro
disco em 78 rotações, pela Continental, com "Carioquinha do Flamengo"
(Waldir Azevedo, Bonfiglio de Oliveira) e "Tico-Tico no Fubá"
(Zequinha de Abreu). Nesse mesmo ano, lançou o primeiro sucesso nacional, em
parceira com Humberto Teixeira, , "Adeus, Maria Fulô" (que foi
regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60).
A partir de 1955, foi morar
no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista de um grupo
chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris, a partir de 1959. Foi
considerado o melhor instrumentista de 1962 pela imprensa parisiense. Gravou o
disco "Samba Nouvelle Vague" (Barclay), com vários sucessos de
bossa-nova.
Morou em Nova Iorque de 1964
a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso
"Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo
até o fim da década de 60. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra
Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982).
Um dos discos mais
emblemáticos da carreira do artista é o "Sivuca Sinfônico" (Biscoito
Fino, 2006), em que ele toca ao lado da Orquestra Sinfônica do Recife sete
arranjos orquestrais de sua autoria, um registro inédito, único e completo de
sua obra erudita. As composições sinfônicas de Sivuca são absolutamente
singulares na música erudita brasileira, porque o artista inseriu a sanfona
como o instrumento principal de sua obra.
Em 2006 o músico lançou o DVD
“Sivuca – O Poeta do Som”, que contou com a participação de 160 músicos
convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com
a Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Morte
Faleceu em 14 de dezembro de
2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o
acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flávia, que atualmente está
levantando o acervo do pai, e mais três netos, Lirah, Lívia e Pedro, e viúva, a
cantora e compositora Glorinha Gadelha.
Discografia
Motivo para Dançar
(Copacabana, 1956)
Motivo para Dançar Nº 2 -
Sivuca e Seu Conjunto (Copacabana, 1957)
Rendez-vous a Rio (1965)
Golden Bossa Nova Guitar
(1968)
Sivuca (1968)
Putte Wickman & Sivuca
(1969)
Sivuca (1969)
Joy - Trilha Sonora do
Musical - Oscar Brown Jr. / Jean Pace / Sivuca (RCA, 1970)
Sivuca (Vanguard/Copacabana,
1972)
Live at the Village Gate
(Vanguard/Copacabana, 1973)
Sivuca e Rosinha de Valença
Ao Vivo (RCA, 1977)
Sivuca (Copacabana, 1978)
Forró e Frevo (Copacabana,
1980)
Cabelo de Milho (Copacabana,
1980)
Forró e Frevo Vol. 2
(Copacabana, 1982)
Vou Vida Afora (Copacabana,
1982)
Onça Caetana (Copacabana,
1983)
Forró e Frevo Vol. 3
(Copacabana, 1983)
Forró e Frevo Vol. 4
(Copacabana, 1984)
Sivuca & Chiquinho Do
Acordeon (Barclay, 1984)
Som Brasil (1985)
Chiko's Bar - Toots
Thielemans & Sivuca (1986)
Rendez-Vous in Rio - Sivuca /
Toots Thielemans / Silvia (1986)
Sanfona e Realejo (3M, 1987)
Let's Vamos - Sivuca &
Guitars Unlimited (1987)
Um Pé No Asfalto, Um Pé Na
Buraqueira (Copacabana/CBS, 1990)
Pau Doido (1993)
Enfim Solo (1997)
Cada um Belisca um Pouco -
Sivuca / Dominguinhos / Oswaldinho (Biscoito Fino, 2004)
Sivuca Sinfônico - Sivuca /
Orquestra Sinfônica do Recife (Biscoito Fino, 2006)
Sivuca e Quinteto Uirapuru -
Sivuca / Quinteto Uirapuru (Kuarup, 2004)
Sivuca - O Poeta do Som (DVD
Kuarup, 2006)
Terra Esperança (Kuarup,
2007)
Acervo musical
Muitas partituras de Sivuca
foram doadas por sua viúva, Glória Gadelha ao acervo da Fundação Joaquim
Nabuco, do Recife. A doação a uma instituição pernambucana deveu-se a uma
dívida de gratidão que o próprio Sivuca dizia ter com o Recife em sua formação
musical.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sivuca
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sivuca
Muito bom esse blog! Um serviço valoroso!
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