Antônio Carlos Gomes Belchior
Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior (Sobral, 26 de
outubro de 1946), é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos primeiros
cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da
década de 1970.
Carreira
Durante sua infância, no
Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano
com Acaci Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de
igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos
cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de
rádio em Sobral. Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e
Humanidades. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano,
em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens
compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino
entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.
De 1965 a 1970 apresentou-se
em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de
Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção Na Hora do
Almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em
disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou,
compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar
individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.
Em 1972 Elis Regina gravou
sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais,
penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na
gravadora Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua
carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa colorida, Como nossos
pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino-americano.
Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa)e Galos, noites e quintais
(regravada por Jair Rodrigues). Em 1979 no LP Era uma Vez um Homem e Seu Tempo
(Warner) gravou Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon), também
gravada pela cantora Bianca. Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora,
Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia
inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante
(1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.
Em 2009, a Rede Globo
noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a Globo, o cantor havia
sido visto pela última vez em Abril de 2009, ao participar de um show do cantor
tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam
terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram
confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu
entrevista para o programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, o cantor
revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções
inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.
Discografia
1971 - Na Hora do Almoço
(Copacabana - Compacto)
1973 - Sorry, Baby
(Copacabana - Compacto)
1974 - Mote e Glosa
(Continental - LP)
1976 - Alucinação (Polygram -
LP/CD/K7)
1977 - Coração Selvagem
(Warner - LP/CD/K7)
1978 - Todos os Sentidos
(Warner - LP/CD/K7)
1979 - Era uma Vez um Homem e
Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
1980 - Objeto Direto (Warner
- LP)
1982 - Paraíso (Warner - LP)
1984 - Cenas do Próximo
Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
1986 - Um Show: 10 Anos de
Sucesso (Continental - LP)
1987 - Melodrama (Polygram -
LP/K7)
1988 - Elogio da Loucura
(Polygram - LP/K7)
1990 - Projeto Fanzine
(Polygram - LP/K7)
1991 - Divina Comédia Humana
(MoviePlay - CD)
1991 - Acústico (Arlequim
Discos - CD)
1993 - Baihuno (MoviePlay -
CD)
1995 - Um Concerto Bárbaro -
Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
1996 - Vício Elegante
(Paraíso/GPA/Velas - CD)
1999 - Autorretrato (BMG -
CD)
1999 - Alucinação
2002 - Pessoal do Ceará
(Continental / Warner - CD)
2008 - Sempre (Som Livre -
CD)
Os links de Belchior estão todos caídos. poderia ressubir por favor.
ResponderExcluirGrato Aloísio
Sérgio, obrigado pelas repostagens dos discos de Belchior. um dos maiores poetas do nosso tempo.
ResponderExcluirGrande abraço
Aloísio
Só como ajuda: o nome do Belchior é Antonio Carlos Belchior e os sobrenomes a mais são puro chiste do bardo cearense que queria homenagear seus antepassados, A biografia do Jotabê Medeiros explica bem essa estória (inclusive tem processos criminais com esse nome falso )
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