O
grupo Moxuara nasceu no inverno de 1991. Participou de vários festivais e tem
quatro CDs gravados: “Quarto Crescente”, lançado em 1991, traz em suas canções
toda a beleza da natureza cantada em versos.”Pontos e Nós” nasceu em 1999,
trazendo canções que falam da cidade, do campo e de sua gente com seus
sentimentos, hábitos e valores.
“Musiculturarte”,
CD-Livro lançado em 2002 como fruto do programa com o mesmo nome, apresenta
vozes e ilustrações de 150 crianças das mais de cinco mil envolvidas no
programa até aquele ano. Depois de semear, em 2003, chegou o “Tempo de Colher”.
O
mais recente trabalho do grupo traz melodias e arranjos que ornamentam vários
temas sociais e prova, definitivamente, que é possível se urbanizar sem perder
a raiz e amadurecer sem perder a identidade.
O
Moxuara realizou variados shows ao longo de sua história e já dividiu palco com
grandes nomes da música popular brasileira como Xangai, Pereira da Viola, Chico
Lobo, Saulo Laranjeira e Geraldo Azevedo, além de fazer abertura de shows de
nomes consagrados como Alceu Valença, Zélia Duncan, Almir Sater, Pena Branca,
Zeca Baleiro e Guilherme Arantes.
Musiculturarte
é uma ação que nasceu na base da educação, cresceu com a experiência prática
das escolas, e se consolidou junto à comunidade escolar, onde adquiriu
consistência e fundamentação teórico-metodológica. Trata-se de um programa
pioneiro e inédito em seu formato, pois utilizando o caráter informativo das
letras e a melodia de suas canções, o Moxuara faz da música um recurso
altamente estimulante para o crescimento e do aprendizado transdisciplinar.
Com
dezenove anos de existência, são aproximadamente 200 escolas conveniadas, 3.900
professores capacitados e mais de 180 mil alunos envolvidos diretamente no
programa. Na prática, uma troca de experiências e resultados que promovem
espetáculos surpreendentes.
Comemorando
vinte anos de carreira, o Moxuara se “Aventura” em nova jornada com o
lançamento do seu quinto CD de carreira. O título do novo trabalho leva o
ouvinte a uma “Aventura” musical sonora e repleta de nuances, que vão desde o
formato pop da música que dá nome ao CD, até às mais distantes lembranças da
musicalidade brasileira, com a regravação de Folia de Reis,de Arnold Rodrigues
e Chico Anísio, Acontescências de Claudio Nucci e Flor D’água, de Waltinho e
Roberto Andrade (Banda de Pau e Corda),
além é claro, das composições do próprio grupo, com o estilo já
conhecido pelo público. O CD “Aventura” traz melodias de viola caipira,
marcadas pelo ritmo e pelos efeitos percussivos dos tambores de congo e
congada, de mar abaixo, com destaque para a música La Tierra de los sueños, de
Flávio Vezzoni, onde acontece a junção entre a música de raiz andina boliviana
e os ritmos brasileiros.
Estão
presentes também, influências da música popular, erudita e regional, os ritmos
afro-brasileiros, instrumentos alternativos e expressões regionais da linguagem
popular , enriquecidos por temas que trafegam entre o rural e o urbano.
O
MOXUARA neste novo CD, ressaltando sua verve regionalista, apresenta uma
musicalidade que extrapola as exigências de mercado e vem para cantar e
encantar seres de qualquer idade de qualquer origem e em qualquer ambiente em
que se encontre. O CD “Aventura” traz uma visão artística que se funde em uma
teia de solidariedade, com mensagens alusivas à preservação da vida que vale a
pena conferir!
COMPONENTES:
Flávio
Vezzoni
Nasceu
no pequeno distrito de Dois Irmãos, situado no município de Anchieta (ES), onde
viveu a maior parte de sua infância. Obedecendo a um trajeto comum de tantos
brasileiros, que abandonam o campo seduzidos pelo "futuro promissor da
vida na cidade", filho de trabalhadores rurais (meeiros), mudou-se junto
com as cinco irmãs e os quatro irmãos, indo morar nas proximidades da capital
do Espírito Santo. Enquanto estudava e trabalhava com o pai e os irmãos mais
velhos, ia desenvolvendo o gosto pela música, conseguindo com esforço adquirir
seu primeiro violão aos quinze anos de idade. A música chegava para ficar.
Entre os anos de 1980 e 1990, cursou um ano e meio de filosofia num
semi-internato católico, atuou nos movimentos populares (Cebs, movimento
estudantil, sindical, etc.) e trabalhou como escriturário e bancário para poder
concluir seus estudos na faculdade de história da Universidade Federal do
Espírito Santo. Nesse período começou a compor suas primeiras canções. No ano
de 1991 juntou-se a um grupo de amigos para participar pela primeira vez de um
concurso de música. Mais tarde este mesmo grupo passaria a se chamar Grupo
Moxuara.
Marcos
Côco
Marcos
Antônio Côco, nascido em Afonso Cláudio (ES) além de receber influência musical
do pai, dos tios e do irmão mais velho (todos, de alguma forma, possuíam e/ou
tocavam instrumentos musicais em casa, na rua, no bar, etc.), manteve contato
com a música desde cedo (ainda criança, já participava do coro da igreja).
Trabalhava com o pai e, nos fins de semana, acompanhava a roda de violões e
cavaquinho que até hoje se junta na praça da cidade para recordar os mais
consagrados chorinhos da música popular brasileira. O cavaquinho, aliás, foi o
instrumento responsável pelos primeiros acordes de Marcos e quem lhe rendeu o
carinhoso apelido de cavaco, como é conhecido por muitos na sua cidade natal.
Aos vinte anos mudou-se definitivamente para Cariacica onde, influenciado pelo
irmão mais velho, desenvolveu a técnica da guitarra elétrica e do violão. A
partir de então passou a ganhar a vida tocando em bandas e trabalhando como
músico em casas noturnas. Ingressou no GRUPO MOXUARA em 1994 e é, hoje, um dos
grandes responsáveis pelo amadurecimento técnico do conjunto.
Paulo
Cesar
Paulinho
nasceu em Campo Grande, Cariacica (ES), onde vive até hoje, e passou sua
infância indo à igreja e jogando bola na rua do Correio, Paulinho parece um
daqueles mineirinhos que devagar sabem muito bem chegar aonde querem. Com seu
jeito tímido e tranqüilo, ele é o engenheiro de som que virou componente.
Começou a trabalhar ainda em Campo Grande, com manutenção de aparelhos de som,
e logo se tornou técnico de gravação, quando o Scalla Studio, o mais antigo Estado, ainda estava em Jardim
América, Cariacica. Lá conheceu bandas como Thor, Porão 22 e Labaredas. Foi o
Grupo Moxuara quem o procurou, para que produzisse sua primeira fita demo, com
a qual o grupo participaria do Projeto Via Fafi, em 1995, com a música
"Poesia". De lá para cá, Paulinho trabalhou como técnico na gravação
dos quatro trabalhos do grupo, "Quarto Crescente, Pontos e Nós,
Musiculturarte e Tempo de colher". Construiu com eles uma amizade que
rendeu sua estréia como componente do grupo, nas vésperas do lançamento do
segundo trabalho, em 1999. Assumiu o contrabaixo no lugar de Roger Nascimento.
Aprendeu a tocar o instrumento na mesma época em que estudou harmonia musical e
violão na Escola de Música do Espírito Santo.
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