Nasci
em dezembro de 1960 numa cidade do interior de Minas mas vim para Belo
Horizonte aos dois anos de idade. O filho mais novo de uma turma de 6 irmãos.
Meu pai, o Zé Ribeiro, e minha mãe, dona Babita, me passaram desde cedo, além
de seus valores morais e culturais, a grande paixão pela música. O pai ao
violão, a mãe cantando e todos os irmãos
fazendo segundas e terceiras vozes. Eram assim nossas noites musicais: Muita
música brasileira – naquela época,
estavam rolando os chamados “grandes festivais da MPB” – mas escutávamos também
muita Jovem Guarda, Beatles e bossa nova. Desse caldeirão musical nasceu a
música que vim a produzir mais tarde, com influências tanto da música regional
quanto do pop/rock.
Comecei
a compor na adolescência… Primeiras paixões, primeiras canções. Nunca mais
parei! Conheci uma turma boa e fizemos uma banda em 1981: O “Fogo no Circo”.
Nosso primeiro LP foi feito praticamente “à mão” e lançado em 1982 com relativo
sucesso em BH e no Rio de Janeiro. Acabei achando que meu caminho não era esse
e parti pra carreira solo em 1986 com meu LP “Muito Prazer”(1986). No ano de
1988, passei a dividir minha vida musical com a vida de bancário num emprego no
Banco do Brasil, onde trabalhei por 11 anos. Mesmo com a carreira dividida, fui
levando a vida de “cantautor” e lancei o LP “Cine Metrópole”(1992). No ano seguinte, me tornei parceiro do cantor
e compositor Bartholomeu Mendonça. Percorremos mais de uma centena de festivais
de música juntos pelo país e gravamos 3 CDs: “Além da curva do rio”(1994),
“Princípios”(1998) e “Alma Brasileira”(1999).
Também rolaram grandes shows nessa época, em espaços como o Sesc
Pompéia, o Memorial da América Latina e o Tom Brasil.
Em
1999 saí do emprego no banco e decidi me dedicar integralmente à música com a
cara e a coragem. Ao meu lado, sempre em todos os momentos, estava o meu filho
querido Daniel, que nasceu em 1993 e até hoje é meu maior companheiro e
incentivador. Guardei meu “diploma de doutor” do curso de Direito da UFMG na
gaveta e fui pro mundo. Senti novamente a vontade de voar sozinho nos caminhos
musicais e descobri também que as parcerias seriam uma forma de diversificar e
dar novos ares às minhas canções. Lancei
em 2002 o CD solo “Outro lado da noite” e comecei a compor junto ao poeta Caio
Junqueira Maciel. Nossa parceria rendeu três álbuns: o Livro-CD infantil “Era
uma Voz – Sonetos só para Netos”(2005) e os CDs “Trilhas da literatura
brasileira”(2006) e “Recados de Minas”(2009).
Ao
longo da minha estrada, surgiram novos parceiros e novas músicas: junto do
poeta Paulinho Andrade, por exemplo, compus mais de uma centena de canções.
Concomitantemente, produzi por 5 anos o programa “Sotaque Brasileiro” em rádios
de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Com apoio da Lei Estadual de Incentivo à
Cultura, resolvi lançar um álbum que levava o nome do programa. “Sotaque Brasileiro”(2012),
que comemorou meus 25 anos pelos festivais do Brasil, conta com composições
feitas com 7 parceiros diferentes: Cláudio Chaves, Caio, Paulinho, Manoel
Gandra, Vânia Morais, Barthô e Jorge Ferreira. Junto deste último, compus cerca
de 40 canções, o que resultou no CD “Balé das almas” (2012). Os dois foram
lançados ao mesmo tempo no final de 2012 com shows em Brasília e Minas.
No
começo de 2013, o Caio me faz um convite irrecusável: musicar o livro “Poemas
para cantar e dançar”, do Coletivo 21, grupo de escritores mineiros. Mais 11
parceiros e 22 novas canções! O lançamento, na Semana da Criança de 2014, marca
a minha volta ao universo da música infantil, por onde eu e Caio já havíamos
passado com o Livro-CD “Era uma Voz”(2005). No mesmo ano, fui também convidado
a representar o Brasil no festival Cantandina, que ocorreu em Medellin, na
Colômbia.
E
assim, amigos, vou levando em frente a minha sina de fazedor de canções, ou
como dizem lá na Colômbia, “cantautor”. Já estou no meu 13° disco. São também
mais de 300 premiações em festivais de música, tendo alcançado o 1° lugar cerca
de uma centena de vezes.
Não
me arrependo de nada! Conheci incontáveis pessoas, músicas e lugares incríveis.
Acho que meu caminho estava traçado desde quando eu tinha 7 anos de idade e
cantava nos programas da TV Itacolomi. A música é minha casa, onde minha alma
descansa. Viva a música brasileira!
FONTE: http://zebetocorrea.com.br/
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