Rita Benneditto nasceu no
Maranhão e, depois de morar em São Luis, onde iniciou sua carreira de cantora,
começou a despontar como grande revelação da música brasileira em 1996.
Aos 15 anos começou a cantar
em corais e seguiu participando de festivais, grupos vocais, cantando na noite
em São Luis. Durante o ano que morou no Chile (1986) cantou no Coro Sinfônico
da Universidade do Chile, em Santiago, onde estudava canto erudito com a
professora e cantora lírica Viviana Herrera. Na volta ao Brasil, depois de
ganhar o prêmio de melhor intérprete e o segundo lugar no FUMP (Festival
Universitário de Musica Popular, 1987), apresentou em 1989 seu primeiro show
solo, Cunhã, com direção musical de Zeca Baleiro no Teatro Municipal Arthur de
Azevedo com cobertura da mídia local. No ano seguinte se mudou para São Paulo
onde se apresentou em bares, casas de shows e participou de projetos da
prefeitura e do Estado.
Em 1997 gravou seu primeiro
CD intitulado Rita Ribeiro, com produção de Mario Manga e Zeca Baleiro. O CD e
o show, apresentado em várias capitais brasileiras, deram projeção nacional à
cantora maranhense.
Em 1998, assinou contrato com
a MZA Music, gravadora do produtor Marco Mazzola, e ainda sob a batuta do
maestro Mário Manga, lançou em 1999 seu segundo CD, Pérolas aos Povos, que
recebeu excepcional acolhida de público e crítica. Neste mesmo ano, ao lado de
Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zeca Baleiro e Chico César, apresentou-se na
noite brasileira do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e foi convidada
para se apresentar no Festival Brasil-Caracas na Venezuela.
Em 2000, dando continuidade
ao lançamento e divulgação do CD Pérolas aos Povos, Rita Benneditto foi
convidada a participar do Festival Todos os Cantos do Mundo,dividindo o palco
com Lokua Kanza, considerado um dos grandes expoentes da música pop africana.
Ainda nesse ano, teve seu CD lançado nos Estados Unidos e Canadá pela gravadora
Putumayo World Music, o que resultou na realização de uma turnê internacional.
Os shows aconteceram entre agosto e setembro de 2000 nas principais cidades
americanas e canadenses, entre elas São Francisco, Los Angeles, Toronto e
Montreal, para platéias de 15 mil pessoas.
O resultado desse empreendimento
levou Rita Benneditto a ser indicada entre os melhores do mundo ao Grammy
Awards 43rd, na categoria de melhor álbum de pop latino, realizado em fevereiro
de 2001.
Ainda em 2001, a cantora
lançou seu terceiro Cd Comigo, com produção de Marco Mazzola, co-produção dela
e do parceiro Pedro Mangabeira, que representou uma mudança em seu visual e uma
ampliação de seu público em todo Brasil.
Mas sua popularidade, sempre
crescente, aumentou mesmo com o inovador Tecnomacumba, resultado de uma
intervenção cultural. O show nasceu em apresentações em uma casa na zona sul
carioca, virou um fenômeno independente da mídia. Rita Benneditto fez diversas
temporadas de grande sucesso e levou o espetáculo para as maiores casas de show
do país. Em 2005 ganhou, por esse projeto, o Prêmio Rival Petrobras de Música
na categoria Melhor Show.
Ainda nesse ano participou do
Ano Brasil na França, pelo Projeto Pixinguinha, ao lado de artistas
contemporâneos como o saxofonista Carlos Malta e o compositor Totonho O cabra.
No Brasil foi convidada a participar das comemorações de 30 anos do Projeto
Pixinguinha realizando uma série de shows pelo Brasil ao lado do cantor e
compositor carioca Tantinho da Mangueira.
Em 2006 lançou o CD
Tecnomacumba, gravado em estúdio com o repertório do show, com exceção das
músicas Moça Bonita e Xangô, o vencedor. Mas os fãs sempre cobraram um registro
ao vivo.
Paralelo a esse sucesso Rita
Benneditto participa de outros projetos. Ao lado de Jussara Silveira e Teresa
Cristina, idealizou e produziu o show Três Meninas do Brasil, com direção
musical do maestro Jaime Alem. O espetáculo virou DVD e CD de sucesso, lançado
em 2008 pelo selo Quitanda e distribuição da Biscoito Fino. Nesse mesmo ano
Rita viaja, ao lado de Eduardo Dussek, com o show 100 anos de Carmen Miranda
com direção musical de Luis Felipe de Lima. Ao mesmo tempo refresca seu
repertório no shows acústicos.
Em 2009 Rita Benneditto lança
em DVD e CD o álbum Tecnomacuma - a tempo e ao vivo, gravado em um grande show
no Vivo Rio que contou com participação de Maria Bethânia e tem nos extras
depoimentos de Alcione, Ney Matogrosso, Angela Leal e Jean Wyllys. O vídeo
comemora seis anos de sucesso do projeto, que continua na estrada despertando
curiosidade e trazendo cada vez mais pessoas aos shows.
Por esse trabalho Rita
Benneditto ganhou o prêmio de Melhor Cantora - Categoria Canção Popular no 21º
Prêmio da Música Brasileira.
A partir de 2012 passou a
adotar o nome artístico Rita Benneditto e anunciou a gravação de seu novo
trabalho. Há algum tempo descobriu a existência de nomes artísticos
coincidentes com o seu,inclusive em Portugal e, recentemente, teve ciência do
registro do nome artístico que utilizava. Assim, em lugar de entrar com um longo
e, possivelmente, desgastante processo na justiça a artista, que sempre foi
ligada ao sagrado – vide o sucesso do show Tecnomacumba– resolveu então atender
aos sinais e mudar seu nome artístico. Escolheu um sobrenome que é, ao mesmo
tempo, uma homenagem ao seu pai, que se chamava Fausto Benedito Ribeiro; à sua
terra natal, São Benedito do Rio Preto, cidade do Interior do Maranhão; e
também por ser um nome abençoado. Benedito tem origem no latim, Benedictus, que
significa abençoado, louvado, consagrado.
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