Genival Lacerda (Campina
Grande, 5 de abril de 1931) é um cantor e compositor brasileiro de forró. Seus
principais sucessos foram Severina Xique
Xique, De quem é esse jegue? e Radinho de Pilha. Sua carreira começou
na Região Nordeste e ao longo dela gravou 70 discos. Morando em Campina Grande,
Paraíba, ainda cumpre sua agenda de shows e recentemente fez uma participação
no filme "Foliar Brasil", sem data para estrear nos cinemas.
Na década de 50 foi morar em
Pernambuco e em 1955 decide gravar seu primeiro disco de 78 rotações, obtendo
sucesso com a faixa Coco de 56. Em 1964, incentivado por Jackson do Pandeiro,
seu concunhado, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou em casas de forró e
chegou a gravar um LP. Contudo, o sucesso só chegou mesmo em 1975, com a música
Severina Xique-Xique, cujo verso
"ele tá de olho é na butique dela" se tornou o mais popular do
compositor. Graças a essa composição de sua autoria e João Gonçalves ele vendeu
cerca de 800 mil cópias. Em 1976, lança o disco "Vamos Mariquinha",
que contém as faixas É Aí que Você se Engana, Forró da Gente, Sanfoneiro
Alagoano, Eu Preciso Namorar e A Mulher da Cocada.
Em abril de 2010, a cantora
Ivete Sangalo (que se preparava para um show no Madison Square Garden, de Nova
York, no fim do mesmo ano), gravou em dueto com o cantor campinense a música O Chevette da Menina. A música, cuja
personagem central se chama Ivete, narra, num tom jocoso e de duplo sentido, a
história de uma moça que supostamente empresta seu Chevette a um conhecido e o
recebe todo machucado. O refrão diz:
Coitadinha da Ivete
Facilitou, estragaram seu Chevette
Mas coitadinha da Ivete
Em menos de uma semana estragaram seu Chevette
Ainda no decorrer de 2010,
outro que também prestou homenagem ao cantor paraibano (desta vez de forma
lúdica) foi o apresentador Rodrigo Faro, no seu programa Melhor do Brasil, na
Record.
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Em 1956 lançou pela Mocambo o
seu primeiro disco interpretando o "Coco de 56" de sua autoria e João
Vicente e o xaxado "Dance o xaxado" de sua autoria e Manoel Avelino.
Em 1957, gravou de Antonio Barros o rojão "Dança do bombo" e o coco
"Balança o coco". Em 1961 gravou de Rosil Cavalcânti a moda de roda
"Noé, Noé" e o "Coco de roda". Em 1962 gravou a moda de
roda "Vasante da maré" de sua autoria e Antônio Clemente e o
"Coco de cajarana" de sua autoria e Jacinto Silva. No mesmo ano
adaptou com Antônio Clemente o coco "Mariá" de motivo popular e
compôs com Rosil Cavalcânti o coco "O delegado deu ordem". Em 1963
gravou de sua autoria e Antônio Clemente o coco "Cajueiro abalou" e o
arrasta-pé "Tomaram o meu amor".
Em 1975 gravou com enorme
sucesso "Severina xique-xique", que fez parte do LP "Aqui tem
catimberê". Graças a essa composição de sua autoria e João Gonçalves
vendeu cerca de 800 mil cópias. Em 1976 lançou pela Copacabana o LP "Vamos
Mariquinha", interpretando, entre outras, "É aí que você se
engana" de sua autoria e João Gonçalves, "Forró da gente" de
Onildo Almeida, "Sanfoneiro alagoano" de Brito Lucena, "Eu
preciso namorar" de Gordurinha e "A mulher da cocada" de sua
autoria e João Gonçalves. No mesmo ano, gravou pela Polyfar, outro LP com seu
nome como título, onde registrou, entre outras, "Esse coco é bom" de
sua autoria e Genival Santos, "Ninguém vive sem amar" de Juarez
Santiago, "Quero me casar" de Gordurinha e "Chegue mais pra
cá", em parceria com Francisco Azulão. Em 1977, lançou o LP "O homem
que tinha três pontinhos", no qual interpretou de Cecéu e Graça Góis
"Gente quase boa", "Mamã" e "Segure a cabra" e de
sua autoria e Luiz Santa Fé "O homem que tinha três pontinhos" e
"Sacolejando". Em 1985 lançou pela RCA o LP "Caldinho de
mocotó".
Em 1987 gravou com grande
sucesso o LP "A fubica dela", pela RCA com arranjos e regência de
Sivuca e com a participação dos músicos Sivuca e Dominguinhos no acordeom e
Coroné, integrante do Trio Nordestino na zabumba. Desse disco destacaram-se as
composições "É nóis aqui forrumbando" dele e Accioly Neto, "A
cobra de camelô" com João Gonçalves, "Fio dental" dele e Jorge
de Altinho e "Seu amor é mesmo um doce", em parceria com Cecílio
Nena. Alguns de seus maiores sucessos foram "Radinho de pilha" de
Namd e Graça Góis, posteriormente regravado pelo conjunto de rock "Camisa
de Vênus", "Tem pouca diferença" de Durval Vieira, que ele
gravou acompanhado pelo grupo Capital do Sol e "Mate o véio, mate".
Com estilo satírico e picante, em cerca de 40 anos de carreira, já havia
gravado 38 LPs.
Em 1999, participou do disco
"Marinês e sua gente - 50 anos de forró", cantando ao lado de Marinês
o "Forró do beliscão", de Ary
Monteiro, João do Vale e Leôncio. Em 2000 lançou, pela gravadora CID, o CD
"Genival Lacerda ao vivo", em comemoração aos seus 50 anos de
carreira, contando com as participações especiais de Dominguinhos e de
Osvaldinho do Acordeom, e de Durval Pereira, no zabumba, pandeiro de triângulo,
em show realizado na casa de espetáculos Coringa em São Paulo. No CD estão presentes
diversos sucessos de sua carreira, entre os quais "Severina Xique
Xique", "Radinho de pilha", "Mate o véio" e
"Caldinho de mocotó". Em 2004,
foi homenageado pelos mais de 50 anos de carreira, cantando com com a
cantora Clemilda, durante o IV Fórum de Forró de Aracaju no Teatro Atheneu. Na
ocasião realizou um concorrido show durante o evento.
Em 2008, fez uma turnê pelos
principais centros do forró nordestino, dentre os quais Aracaju, Caruaru, João
Pessoa e Juazeiro. Essa turnê deu origem, no mesmo ano, a um documentário
"É tudo verdade - O Rei da Munganga". O filme, que acompanha Genival
na sua mais recente viagem pelo nordeste, teve produção, roteiro e direção de
Carolina Paiva, e contou com a participação especial da Orquestra Sinfônica
Jovem do estado da Paraíba, que acompanhou o cantor em algumas músicas. Durante
o documentário, que foi dedicado à memória de Marinez, sua ex-esposa, são
tocados sucessos como "Severina Chique-Chique", do prórpio Genival
Lacerda; "Maristela", de Pinto do Acordeon; e "Minha
origem".
FONTES:
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